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Por Lugares Incríveis, Jennifer niven


Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los






Eu fiquei horas na frente do computador, tentando pensar em uma resenha que chegasse pelo menos aos pés do que foi esse livro para mim, não sei se vou conseguir fazer jus a todas emoções que eu senti a lê-lo, mas juro que vou tentar.

Eu o li quando eu tinha dezessete anos, nas férias, uma adolescente que estava indo para o terceiro ano e eu não me lembro exatamente de tudo que se passa nele - sempre que eu posso, eu tento dar uma lida nas minhas partes favoritas -, mas eu lembro também que na minha lista de livros que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida, eu com certeza o coloquei. Esse livro é um tapa na cara não só dos adultos, mas de todos em geral, que se esqueceram como é ser um adolescente... das confusões que só um adolescente carrega, dos sentimentos de não saber se ainda são crianças ou se já se tornaram um adulto, esse livro trouxe todo esse sentimento em cima de mim novamente.

Ele é um sicklit - literatura doente, na tradução livre -, o que o torna extremamente triste e deixa qualquer pessoa em prantos, eu particularmente soluçava de chorar quando o terminei e fiquei com uma ressaca literária por dois meses. Juro que fiquei sem conseguir ler nenhum livro por dois meses inteiros, eu dormia pensando nesse livro, acordava pensando nele e não conseguia fazer nada, apenas porque minha cabeça estava pensando no sofrimento dos personagens e no meu que acompanhei toda a história.

Os capítulos são divididos entre a mocinha e o mocinho - o que eu amo, assim o leitor pode ficar sabendo o que se passa na cabeça dos dois, e deixa a história mais fluída e rápida.
Finch e Violet são os protagonistas e cada um deles tem uma bagagem emocional muito forte e pesada para apenas dois adolescentes de dezesseis anos. Violet perdeu a irmã, que era sua melhor amiga, e pensa em se suicidar, já os pais de Finch são separados e parece que seu pai não se importa nenhum pouco com ele, o melhor lugar em que ele consegue pensar é em cima do telhado da escola e é pra lá que ele vai e acaba conhecendo Violet, que está pensando em se jogar. No meio de muitos problemas por causa desse dia, um professor os coloca para fazer um trabalho junto e, gente, esses capítulos que se seguem são muito fofos. O Finch, foi minha paixãozinha de 2017, ele é um bebê que eu queria por em um potinho e proteger de tudo, e eu queria ser amiga da Violet, e falar para ela que tudo vai ficar bem.

Os personagens secundários não tiveram tanta relevância para história em si, apenas o psicólogo do colégio, que não me lembro agora se é mulher ou homem, mas não importa, ele que percebe que há algo de errado com Finch e ai começa o drama, e o meu choro também.

O fim foi o mais dolorido de um fim de uma história, foi bem triste e eu juro que não esperava e nem era o que eu desejava e mexeu demais comigo, mas de qualquer forma, eu entendi o final por mais doloroso que foi, a gente podia esperar por algo assim, a autora nos preparou bastante para o que viria no decorrer do livro, mas isso não significa que eu não tenha ficado um pouco - muito - triste.

Eu super recomendo para qualquer tipo de pessoa, até os que não gostam de drama, como eu, eu recomendo, porque ele não é apenas um livro triste, ele é um livro que ensina apesar da dor, você sabe que aquilo é real, que pode acontecer, quantos jovens que conhecemos, infelizmente passam por isso, e nem temos ideia.

Cada livro que eu leio, eu sempre retiro algo, e com esse não foi diferente, em cada pensamento do Finch, eu retirei uma lição de vida, algo que eu tenho que lembrar que quem me ensinou foi um personagem.

É uma ótima leitura para repensar na vida, repensar o que a gente faz, as escolhas que tomamos, eu recomendo muito.

A capa é fantástica, eu amei o brinquedo e aqueles dois bonequinhos voando.
A entrada dos capítulos também ficou muito maravilhosa e eu não tenho o que dizer desse livro, apenas que ainda relembrar de tudo parte meu coração.